ARTISTAS VISITANTES // VISITING ARTISTS

Entre os desdobramentos propostos pelo projeto Kaá, estão visitas de artistas cujas pesquisas e práticas estão no recorte da residência. Conheça os artistas visitantes que estabelecerão trocas e diálogos com os artistas residentes no Instituto Yvy Maraey durante o projeto Kaá:

Among the developments proposed by the Kaá project are visits of artists whose research and practices are in residency themes. Meet the visiting artists who will establish exchanges and dialogues with resident artists at the Yvy Maraey Institute during the Kaá project:


A suíça Pauline Julier é uma artista e cineasta que estudou na École Supérieure de la Photographie de Arles e Science Po, Paris. Seus filmes foram exibidos em centros de arte contemporânea, instituições e festivais ao redor do mundo, entre eles: o Centre George Pompidou em Paris, o Loop Festival de Barcelona, ​​Visions du Réel em Nyon, o Tokyo Wonder Site em Tóquio, o Museu de Arte Moderna da Tanzânia, nos Centros de Arte Suíços de Nova York / Madri / Berlim e Zagreb, na Cinemateca de Toronto e no Museu Pera em Istambul. Julier foi agraciada com o Prêmio da Federação Suíça de Arte em 2010. Ela também foi convidada a mostrar seu trabalho no prestigioso Palazzo Grassi de Veneza em 2015 e participou da última exposição organizada por Bruno Latour no ZKM Karlsruhe em 2016.

Seu trabalho tem sido destaque eminúmeros shows, notadamente no Centro Cultural Suíço de Paris (2017); Ferme-Asile, Sion (2017); Redefinir a Modernidade, ZKM, Karlsruhe (2016); Bienal da Imagem em Movimento do Centro de Arte Contemporânea de Genebra; no Museu de Arte Antiga e Nova de Hobart; e no Arthub, Xangai (2014-15). Em sua última exposição individual, Naturalis Historia, de 2017, Julier defende a ideia de que os humanos, buscando moldar o mundo selvagem e mutável, o confinaram em suas categorias de pensamento, o que lhe conferiu uma certa estabilidade. Através desta afirmação, a artista busca enfatizar o quanto os conceitos que são usados ​​para organizar a diversidade do mundo são critérios humanos; produzimos por nós e através deles esvaziamos o mundo de sua essência, congelando-o tal como um catálogo de imagens, paisagens, definições e resoluções (científicas, religiosas, etc.). Em suas próprias palavras, Julier afirma que este procedimento é semelhante “ao movimento das lavas do vulcão que atinge o meio natural ou uma cidade, congelando estas realidades. Ou semelhante ao impulso de capturar uma imagem através da fotografia, que fatia o “real” e, portanto, desempenha um papel na manutenção de um mundo a ser visto e compreendido, tal qual à ilusão da continuidade do movimento produzido pelo filme e vídeo. Nesse processo o mundo é esvaziado de sua vitalidade bruta e organizado de acordo com códigos representacionais que são inevitavelmente antrópicos.”

Pauline Julier is an artist and filmmaker who studied at the École Supérieure de la Photographie of Arles and Science Po, Paris. Her films have been screened at contemporary art centers, institutions and festivals around the world, among them the Centre Pompidou in Paris, the Loop Festival in Barcelona, Visions du Réel in Nyon, the Tokyo Wonder Site in Tokyo, the Museum of Modern Art in Tanzania, the Geneva Art Center of New York/Madrid/Berlin and Zagreb, at the Cinémathèque in Toronto and the Pera Museum in Istanbul. Julier was awarded the Prix d’Art Fédéral Suisse in 2010. She was invited to show her work at the Palazzo Grassi in Venice in 2015 and participated in Bruno Latour’s last exhibition at ZKM Karlsruhe in 2016.

Her work has been featuredin numerous shows, notably at the Swiss Cultural Center, Paris (2017); Ferme-Asile,Sion (2017); Reset Modernity, ZKM, Karlsruhe (2016); Biennale de l’image enmouvement, Centre d’art contemporain, Geneva; the Museum of Old and New Art,Hobart; and Arthub, Shanghai (2014–15). In her last solo show “Naturalis Historia”(2017) she advocates the idea that humans, seeking to shape a raw, changingworld, confine it with their categories of thought, which lend it a certainstability. From this point view she wants to stress how much the concepts thatare used to organize the diversity of the world produce a void by emptying theessence of the world quite like a catalogue. About this Julier adds andconcludes by stating that: “It is the same movement as that of the volcano thatsnuffs out life by freezing a forest or city in place. The same drive as thatof the photographic image which slices up the “real” and thus plays a part inholding in place a world to be seen and understood. It is the same illusion of thecontinuity of movement produced by the film image. The world is emptied of itsraw vitality and organized according to representational codes that areinevitably anthropized.”


Ayrson Heráclito é um Ogã Sojatin de um Humpame de Jeje Mahino subúrbio de Salvador, professor adjunto da UFRB na cidade de Cachoeira/Ba, artista visual e curador. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC São Paulo e  Mestre em Artes Visuais pela UFBA. Suas obras de instalações, performances, fotografias e audiovisuais, lidam com elementos da cultura afro-brasileira e suas conexões entre a África e a sua diáspora na América. Participou da Trienal de Luanda em Angola, 2010, Bienal de fotografia de Bamako no Mali, 2015 e da 57ª Bienal de Veneza na Itália em 2017. Possui obras em acervos do Musem der Weltkulturen em Frankfurt, Museu de Arte do Rio, MAR, Museu de Arte Moderna da Bahia, Videobrasil e Coleção Itaú. Foi um dos curadores-chefe da 3ª Bienal da Bahia, curador convidado do núcleo “Rotas e Transes: Áfricas, Jamaica e Bahia” no projeto Histórias Afro-Atlânticas no MASP e recebeu o prêmio de Residência Artística em Dakar do Sesc_Videobrasil e a Raw Material Company, Senegal.

Ayrson Heráclito is an Ogã Sojatin of a Humpame of Jeje Mahi in the suburb of Salvador, assistant professor at UFRB in the city of Cachoeira / BA, visual artist and curator. PhD in Communication and Semiotics at PUC São Paulo and Master in Visual Arts at UFBA. His works of installations, performances, photographs and audiovisuals deal with elements from the Afro-Brazilian culture and their connections between Africa and its diaspora in America. He participated in the Luanda Triennale in Angola, 2010, Bamako Photography Biennale in Mali, 2015, and the 57th Venice Biennale in Italy in 2017. His work is in collections of different institutions, such as the of Museum der Weltkulturen in Frankfurt, Museu de Arte do Rio, MAR, Museu de Arte Moderna da Bahia, Videobrasil e Coleção Itaú. He was one of the chief curators of the 3rd Bahia Biennale; invited curator of the project “Rotas e Transes: Áfricas, Jamaica e Bahia” part of the Afro-Atlantic Histories project at MASP and he has received the Artistic Residency Award in Dakar from Sesc_Videobrasil and Raw Material Company, Senegal.


Através do uso de diferentes mídias – filme, instalação, performance, fotografia – Leonardo Remor investiga o espaço da natureza na lógica do desenvolvimento da cidade e do homem. Realizou as exposições individuais Aprendendo com o Barro (Centro Cultural São Paulo, 2018); O Vento Dissipa as Lembranças de Uma Realidade Anterior (Santander Cultural, Porto Alegre, 2015); e Longe Daqui (Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro, Porto Alegre, 2012). Mostras coletivas internacionais selecionadas: Open Spaces, com curadoria de Dan Cameron (Kansas City, EUA, 2018); WaterScapes, curadoria de Jesse Firestone (BOX Contemporary, Miami, EUA, 2016); e Gogó da Emma (Galeria Emma Thomas, NY, 2016). Artista convidado do programa Encontros na Ilha, 9ª Bienal do Mercosul, curadoria de Sofía Hernández Chong Cuy (Porto Alegre, BR, 2013). Participou das residências artísticas OMI International Arts Center (NY, EUA, 2016), Comunitária (Lincoln, ARG, 2016), Pivô Pesquisa (São Paulo, BR, 2016) e CRIPTA747 (Turin, IT, 2018). Também foi gestor e curador do espaço independente Galeria Península em Porto Alegre (2014-2017).

Through the use of different mediums – film, installation, performance, photography – Leonardo Remor investigates the space of nature in the logic of urban and human development. His solo exhibitions include Learning from mud (Centro Cultural São Paulo, 2018); O vento dissipa as lembranças de uma realidade anterior (Santander Cultural, Porto Alegre, 2015); Longe daqui (Galeria dos Arcos, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, 2012). Selected international group exhibitions: Open Spaces, curated by Dan Cameron (Kansas City, USA, 2018); WaterScapes, curated by Jesse Firestone (BOX Contemporary, Miami, USA, 2016); Gogó da Emma (Galeria Emma Thomas, NY, USA, 2016). Invited artist for Island Sessions, 9th Mercosul Biennial, curated by Sofía Hernández Chong Cuy (Porto Alegre, BR, 2013). Artist-in-residence at OMI International Arts Center, (NY, USA, 2016); Comunitaria (Lincoln, ARG, 2016), Pivô Research (São Paulo, BR, 2016) and CRIPTA747 (Turin, IT, 2018). Remor also managed and curated the project space Galeria Península in Porto Alegre, BR (2014-2017).